O PIX vai acabar em 2025 com a chegada do DREX? Veja o que se sabe hoje (06/01)

O Banco Central do Brasil está desenvolvendo o DREX, a versão digital da moeda brasileira, que promete ser mais do que uma simples evolução do real.

Esse novo projeto, que começou a ser testado no final de 2024, vem gerando questionamentos, principalmente sobre sua relação com o Pix. Será que o DREX representa o fim do sistema de pagamentos instantâneos que se tornou indispensável para os brasileiros?

De acordo com Fabio Araujo, coordenador do projeto no Banco Central, o DREX não substituirá o Pix. Pelo contrário, ele chega para expandir as possibilidades do sistema financeiro nacional.

DREX, nova forma de pagamento - Foto: Reprodução
DREX, nova forma de pagamento – Foto: Reprodução

Enquanto o Pix revolucionou as transferências instantâneas, o DREX tem como objetivo explorar novos tipos de transações, como câmbio, negociação de ativos digitais e contratos inteligentes, sem depender de intermediários.

Com a conclusão da primeira fase dos testes em 2024, o DREX desponta como uma nova infraestrutura que promete transformar a economia digital do Brasil. No entanto, o projeto ainda enfrenta desafios importantes, como a garantia de privacidade e a integração com outros sistemas financeiros.

O que é o DREX?

O DREX é uma iniciativa do Banco Central para criar uma versão digital do real, utilizando a tecnologia blockchain para oferecer transações mais seguras, rápidas e descentralizadas.

Diferente do Pix, que se limita às transferências entre contas bancárias, o DREX permite operações mais sofisticadas, como:

  • Câmbio direto: Facilitar transações internacionais sem intermediários;
  • Negociação de ativos digitais: Comprar, vender e transferir ativos como tokens digitais com segurança e transparência;
  • Contratos inteligentes: Realizar transações programadas automaticamente, reduzindo a burocracia e os custos.

Segundo Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, o DREX marca o início da tokenização do sistema financeiro brasileiro, criando um ambiente mais digitalizado e acessível para empresas e consumidores.

Principais desafios do DREX

Embora o projeto apresente grandes avanços, alguns desafios ainda precisam ser superados:

  1. Privacidade: Garantir que os dados financeiros dos usuários sejam protegidos dentro de um sistema descentralizado é uma prioridade, mas também um desafio técnico.
  2. Interoperabilidade: O DREX precisa funcionar de maneira integrada com outros sistemas financeiros, como o Pix, os bancos tradicionais e as plataformas digitais.
  3. Adoção pelo mercado: Assim como o Pix enfrentou resistência inicial, o DREX dependerá de uma campanha de conscientização para educar os brasileiros sobre suas vantagens.

DREX x Pix: o que muda?

Apesar de operar no mesmo ecossistema financeiro, o DREX não substituirá o Pix. O Pix é focado em transferências instantâneas e pagamentos entre contas, enquanto o DREX tem uma aplicação mais ampla e inovadora.

Abaixo estão as principais diferenças:

Pix DREX
Transferências instantâneas entre contas bancárias Negociação de ativos digitais e contratos inteligentes
Uso diário por pessoas físicas e empresas Transações complexas, como câmbio e tokenização
Sistema centralizado Infraestrutura descentralizada e digitalizada

O que esperar do futuro?

O ano de 2025 será marcado pela ampliação dos testes do DREX, com 13 casos de uso em análise pelos participantes do piloto. Esse processo ajudará o Banco Central a identificar as principais vantagens e desafios do novo sistema.

Com o avanço da digitalização, o DREX promete transformar a economia brasileira, oferecendo uma nova camada de serviços financeiros que vai além do que conhecemos hoje. Mais do que uma moeda digital, ele é um marco no desenvolvimento de uma infraestrutura financeira moderna e acessível.

Conclusão

O DREX não apenas complementa o sistema financeiro brasileiro, mas também abre portas para uma nova era de inovação e eficiência. Embora não substitua o Pix, ele se posiciona como uma ferramenta avançada para transações mais complexas e digitais.

Enquanto o projeto avança, o Banco Central reforça o compromisso com a segurança, a privacidade e a integração do sistema. Fique atento às novidades do DREX e prepare-se para explorar as possibilidades de um futuro financeiro cada vez mais conectado.

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