MARTELO BATIDO hoje (07/01) por HADDAD confirma péssima decisão para quem ganha 2 salários mínimos (R$3.036,00)
Com o início de 2025, mudanças significativas no abono salarial começam a ser implementadas, impactando diretamente trabalhadores que recebem até dois salários-mínimos.
A decisão foi anunciada como parte do pacote de medidas de ajuste fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no final de 2023. Segundo o governo, o objetivo é conter gastos e redirecionar recursos públicos de forma mais eficiente, porém, visando 2026.
Atualmente, o abono salarial funciona como uma espécie de 14º salário, beneficiando trabalhadores formais com remuneração de até dois salários-mínimos. A nova regra, aprovada no final de 2024, prevê uma transição gradual para limitar o benefício a quem ganha até 1,5 salário-mínimo, reduzindo o número de elegíveis ao longo de dez anos.
Essa mudança reflete não apenas uma busca por economia fiscal, mas também debates sobre a eficácia do programa no combate à pobreza.
Embora a proposta seja considerada um passo estratégico para controlar os gastos públicos, ela levanta questionamentos quanto à sua execução e impacto social.
Especialistas discutem se a transição de uma década é realmente a melhor abordagem ou se ajustes mais rápidos poderiam gerar resultados mais expressivos em um período mais curto.
O que muda no abono salarial?
A partir de 2026, o valor de referência para o abono salarial deixará de acompanhar o reajuste do salário-mínimo, sendo atualizado apenas pela inflação.
Com isso, enquanto o salário-mínimo terá aumentos reais ao longo dos anos, o limite para a concessão do benefício será gradualmente ajustado para atender somente aqueles que ganham até 1,5 salário-mínimo.
Esse modelo visa suavizar o impacto da mudança para os trabalhadores e garantir uma adaptação mais natural à nova regra.
Segundo o governo, a economia inicial será modesta, mas ganhará força com o tempo: R$ 100 milhões em 2025, R$ 600 milhões em 2026 e R$ 2 bilhões em 2027. No total, a previsão é de que R$ 18,1 bilhões sejam economizados entre 2025 e 2030.
Impactos econômicos e sociais
A principal crítica ao novo modelo é a longa transição, considerada pouco eficiente por especialistas. Monica Araújo, estrategista da InvestSmart XP, destacou que os resultados mais significativos só serão sentidos a partir de 2027, quando o impacto fiscal começará a ganhar relevância.
Além disso, analistas apontam que a limitação do abono a quem recebe até 1,5 salário-mínimo pode não ser suficiente para gerar uma economia significativa a curto prazo.
Estudos sugerem que uma redução mais drástica, restringindo o benefício a quem ganha até um salário-mínimo, poderia liberar até R$ 256 bilhões em uma década, criando um espaço fiscal considerável para outros programas sociais.
Por que o abono está sendo revisado?
O abono salarial é frequentemente criticado por sua falta de eficácia no combate à pobreza. Como o benefício é direcionado a trabalhadores formais, muitos argumentam que ele não alcança a parcela mais vulnerável da população, como os trabalhadores informais ou desempregados.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou essa visão ao afirmar que o programa perdeu “sua razão de ser” com a criação de políticas sociais mais abrangentes, como o Bolsa Família.
Ele defendeu que a medida busca alinhar os benefícios sociais com uma estrutura fiscal mais sustentável, sem prejudicar os trabalhadores formais de baixa renda.