A Caixa Econômica Federal (CEF), também denominada CAIXA, é uma instituição financeira brasileira, conhecida por sua importância no setor imobiliário.

A Caixa possui mais de 53,8 mil pontos de atendimento – compreendendo 26,7 mil pontos de autoatendimento, 4,3 mil agências e postos de atendimento, 13,4 mil unidades lotéricas, 9 mil correspondentes bancários, 9 agências-caminhão e 2 agências-barco, alcançando mais de 99% dos municípios brasileiros.

Recentemente, o banco confirmou um importante comunicado para os donos de conta poupança com CPF final 0,1,2,3,4,5,6,7,8 e 9 que desejam financiar uma casa.

Caixa aumenta juros para financiamento imobiliário; veja novas taxas

A Caixa divulgou uma elevação nas taxas de juros do crédito imobiliário utilizando recursos da poupança.

A partir de 2 de janeiro, os valores cobrados aumentaram entre 1 e 2 pontos percentuais para contratos novos, variando conforme a modalidade.

A alteração ocorre em um contexto de maior rigor na política monetária implementada pelo Banco Central. São três elevações seguidas na Selic, atualmente em 12,25% ao ano. Espera-se que ocorram mais dois aumentos de 1 ponto percentual nas próximas deliberações.

Veja as novas taxas aplicadas

As alterações impactam exclusivamente os financiamentos vinculados ao SBPE, voltados para a classe média e liberados com recursos provenientes da poupança.

Os juros do financiamento indexado pela Taxa Referencial (TR) elevaram-se para TR mais 10,99% a 12% ao ano. Até dezembro de 2024, as taxas estavam fixadas em TR mais 8,99% a 9,99%.

Nas linhas vinculadas à poupança, a taxa subiu para a remuneração da caderneta mais 4,12% a 5,06% ao ano. Antes, os juros correspondiam à remuneração da caderneta mais 3,1% a 3,99% ao ano.

As linhas de crédito do Minha Casa, Minha Vida, destinadas a imóveis até R$ 350 mil para famílias com renda até R$ 8 mil, mantiveram suas taxas inalteradas.

Para as modalidades do FGTS, as taxas efetivas disponíveis nos financiamentos para aquisição de imóveis começam em TR + 4,07% a.a., considerando a renda familiar e localização do imóvel.

Posicionamento da Caixa

Principal instituição no setor, responsável por aproximadamente 70% dos financiamentos imobiliários no país, a Caixa modificou, pela segunda vez em dois meses, as diretrizes do setor.

Em novembro, elevou o valor da entrada de 20% para 30% e implementou modalidades vinculadas ao CDI, cuja taxa acompanha as variações da Selic.

Em comunicado oficial, a instituição explicou que as taxas são estabelecidas segundo as condições do mercado.

“A Caixa esclarece que a definição das taxas de juros do banco se baseia na análise da associação de fatores mercadológicos e conjunturais, dentro das regras prudenciais de definição das condições do crédito”, informou.

Por que a Caixa está implementando essas mudanças?

A diminuição dos percentuais de financiamento e o estabelecimento de tetos para valores dos imóveis surgem em resposta ao aumento significativo na procura por propriedades no mercado brasileiro e à elevação nas retiradas da poupança — fonte principal dos recursos destinados pela Caixa aos empréstimos através do SBPE.

De acordo com informações recentes do Banco Central do Brasil (BC), as contas poupança registraram o maior índice de saques líquidos do ano durante setembro, alcançando R$ 7,1 bilhões. Foi também o terceiro mês consecutivo de saques.

Em comunicado oficial, a Caixa destacou que seu portfólio de crédito habitacional deve ultrapassar o planejamento financeiro estabelecido para 2024.

No momento, o banco detém aproximadamente 70% do mercado.

A instituição disponibilizou até setembro deste ano R$ 175 bilhões em crédito imobiliário, representando um crescimento de 28,6% comparado ao mesmo intervalo de 2023.

Foram viabilizados 627 mil financiamentos habitacionais.

Considerando as operações com recursos da poupança (SBPE), a Caixa mantém uma fatia de mercado de 48,3%, equivalente a R$ 63,5 bilhões das transações efetuadas pelo banco até setembro.